é o tal do ócio criativo, eu acho

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Saudades

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Virge Maria que foi isso maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...

(...)

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

Manuel Bandeira
Deus recortou a alma de Paulicéia
num cor de cinza sem odor... (...)
Mas os homens passam sonambulando...
E rodando num bando nefário,
vestidas de eletricidade e gasolina, (...)
São Paulo é um palco de bailados russos.
Sarabandam a tísica, a ambição, as invejas, os crimes
e também as apoteoses de ilusão...
Mário de Andrade
No elevador penso na roça, na roça penso no elevador.
Drummond
Tive que recorrer aos modernistas.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Quem, Einstein?

Destino. AFora as discussões filosóficas sobre a contigência ou não das coisas, sobre a existência de um Ser deliberador de nossas ações ou que apenas curte jogar uns dados por aí, ou ainda, sobre a infinidade de possibilidades randômicas de combinações probabilísticas, o fato é que as coisas por vezes acontencem alheias à nossa vontade; e a isso eu quero chamar de destino.
E aí tá a graça da coisa toda, não sabemos o que ou quem virá.
O tal do destino é capaz de juntar água e azeite, frio e calor, ing e iang, Tom e Jerry e duas ou mais vidas, dois ou mais caminhos que seguiam paralelos e que do nada se interseccionam, e passam a ser congruentes. Mas o foda é que somos humanos, demasiados humanos, e tudo acontece e você não percebe, e quando se dá conta, foi-se.
Daí surgem algumas hipóteses, como: seria o destino capaz de alterar o espaço-tempo? Tipo, um destino, assume massa e atrai o outro no espaço, e estes passam a interagir. E eles alteram reciprocamente a percepção de tempo um do outro? Ou o destino, como um elemento espacial corpóreo, pode interferir no movimento retilíneo uniforme de outro destino que estava placidamente na dele, e que, por sua vez, acaba interferindo em outro, criando uma reação em cadeia que fuderá com tudo e com todos?
Afinal, duas retas paralelas se encontram no infinito?
É, objetividade não é meu forte.