Soneto da mediocridade
É assustador ver como o ócio pode produzir coisas nada criativas. E quando eu digo nada eu quero dizer nada mesmo.
Não precisava ser Camões
Muito menos ser Bocage.
De Viera lera os sermões.
Mas escrevia só bobagens.
Punha-se poeta, escritor.
Romancista bem pesado
Ou o mais leve trovador.
Pelas letras dedicado.
Decidiu-se, então, um dia:
- Um soneto escreverei!
Imaginou que fácil seria.
Eis que essa coisa surgiu.
Por Deus, como dava medo!
E, assim, o poeta sumiu.
Camões deve estar a menear três vezes a cabeça descontente.
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